Outubro Rosa: o cuidado que vai além do espelho

31 outubro, 2025

O Outubro Rosa é mais do que uma campanha de prevenção ao câncer de mama — é um convite à reflexão sobre o cuidado com o corpo, com as emoções e com a vida.

Durante este mês, somos lembrados da importância dos exames, do toque, da atenção aos sinais do corpo. Mas também somos chamados a algo mais profundo: a reconexão com nós mesmos.

Em uma palestra recente sobre o tema, falamos não apenas do câncer de mama em mulheres, mas também nos homens — um assunto ainda pouco comentado, mas igualmente relevante. Sim, homens também podem desenvolver câncer de mama, ainda que em menor número. E justamente por ser raro, o diagnóstico muitas vezes chega tarde. Essa realidade nos faz pensar que o cuidado não tem gênero: ele é uma atitude universal de amor e responsabilidade.

Conhecer o próprio corpo é um ato de autoconhecimento e coragem. É olhar-se sem medo, perceber o que é normal e o que mudou, respeitar os sinais que o corpo nos envia. Porém, não basta cuidar do físico — é preciso também olhar para dentro.
A saúde emocional é parte essencial da prevenção e do enfrentamento. Quando cultivamos equilíbrio interno, lidamos melhor com a ansiedade, com o medo e com as incertezas que a vida apresenta. Cuidar das emoções é fortalecer o corpo por dentro.

O medo muitas vezes nos paralisa: o medo de descobrir algo, de encarar o que não queremos ver, ou até de procurar ajuda. Mas é justamente o conhecimento — sobre o corpo e sobre as próprias emoções — que nos liberta. Quanto mais nos conhecemos, mais nos cuidamos. E quanto mais nos cuidamos, mais valorizamos a vida.

O Outubro Rosa nos lembra que cuidar de si é um gesto de amor e coragem. É um compromisso diário com a vida — não apenas em outubro, mas o ano todo.
Porque o corpo fala, a mente sente e o coração entende: a prevenção começa quando decidimos nos ouvir com carinho.


 

30 setembro, 2025

Emoções invisíveis: a importância de olhar para dentro de nós.





Durante uma palestra do Setembro Amarelo, realizamos uma dinâmica que revelou algo muito poderoso: cada pessoa carrega dentro de si emoções invisíveis, sentimentos que raramente são compartilhados.


As palavras que surgiram no exercício foram **medo do fracasso, luto e questões financeiras** — situações que, em diferentes momentos da vida, podem nos atravessar e gerar uma carga emocional significativa. A proposta era simples e, ao mesmo tempo, profunda: escrever quais eram as emoções escondidas, aquelas que não costumamos dividir com ninguém.


Esse momento mostrou como, muitas vezes, guardamos dentro de nós dores, preocupações e inseguranças que, por não serem ditas, parecem não existir. Mas elas existem. E ignorá-las não as torna menos intensas.


Refletir sobre isso é essencial. Cada emoção tem um peso, uma função, um pedido silencioso de cuidado. Quando não olhamos para elas, corremos o risco de banalizar o que sentimos, como se fosse apenas “fraqueza” ou “drama”. Mas não é. **Reconhecer nossas emoções é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.**


O Setembro Amarelo nos lembra da importância de falar, ouvir e acolher. Falar sobre saúde mental não é exagero, é necessidade. E permitir-se sentir, buscar apoio e dividir aquilo que pesa em silêncio é um passo fundamental para não carregar sozinho o invisível que nos afeta.


Que possamos, juntos, aprender a dar espaço às nossas emoções — sem julgamentos, sem minimizar, sem banalizar. Porque cuidar dos sentimentos é também cuidar da vida.